PONENCIA 1422 | Produciones imaginales: visibilidade e desengajamento nas sociedades hipermodernas

O cinema surge como experiência urbana. Somado a isso, temos como, em alguma medida, as sociedades contemporâneas, ao encontro das teorias pós-modernas, existem em função das imagens, e dessa forma, como escreve Dipaola, o cinema é mais um efeito dessa visualidade. O que queremos propor aqui a partir do autor é que o cinema, nessa época visual, tem uma experiência a ser narrada a partir das imagens, não mais compreendidas como autônomas em relação ao social, mas como participantes da “condición imaginal presente”. O eixo de argumentação que atravessa as pesquisas de Dipaola busca pensar a constituição das sociedades contemporâneas, pós-modernas (ou hipermodernas), a partir de suas relações e práticas mediante imagens. Para Claudine Haroche compreender o indivíduo hipermoderno é pensá-lo a partir das maneiras de se comportar e sentir e do desengajamento, noção segundo a qual as relações em nosso tempo são marcadas por uma falta de compromisso e de vínculo. Por isso se fala de um indivíduo hipermoderno, cujas condições da modernidade continuam impostas, embora intensificadas e com novas colocações, sendo uma delas a questão da visibilidade. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho, é, a partir do conceito de “produciones imaginales” cunhado por Dipaola, e dos estudos de Haroche sobre o indivíduo hipermoderno, pensar as expressões do espaço urbano no cinema não apenas como constituintes narrativos, mas como condicionantes das relações sociais no presente.

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