PONENCIA 679 | Os efeitos do reordenamento global de poder e o projeto estratégico no Atlântico Sul
A proposta pretende analisar a mudança geopolítica que se encontra em marcha no mundo atual. O reposicionamento de Rússia e China e suas demandas impõem agendas multilaterais de presença ativa entre as nações. No que tange ao Atlântico Sul, a presença de Pequim e Moscou no cenário regional visa questionar o colonialismo presente no arquipélago Malvinas e a inércia da ONU em solucionar a questão de soberania. Ao mesmo tempo, o interesse crescente pela pesquisa na Antártida indica a rota de conflito no futuro próximo ao qual as nações sul-americanas devem se preparar para lidar com interesses antagônicos das potências extrativistas e coloniais. Portanto, o cenário de hegemonia americana está em cheque o que indica a importância crescente da região no mundo que vem se redesenhando a partir da premissa geoeconômica, geopolítica e social do século XXI. a questão central do trabalho é a de expor qual o papel dos países em detrimento da alternância de poder e como estabelecer relações com os países de maneira pacífica e menos exploratória. O projeto estratégico do Atlântico Sul, para se configurar em zona de paz, precisa não estar adstrito as amarras coloniais e, ao mesmo tempo, encontrar solução definitiva a questão soberana do arquipélago e, ainda, preservar a Antártida como patrimônio da humanidade, bem como o processo de integração regional. São questões que devem ser pensadas em conjunto e não de maneira isolada para permitir proeminência geopolítica nos destinos da região.