PONENCIA 1326 | «senhoras que prezão a dignidade do seu ser”: mulheres, publicação e o anuncio de um livro em 1837

Anna Thereza do Valle Bezerra de Menezes Colégio de Aplicação - UFRJ annatvbm@gmail.com

O Brasil, diferentemente de outros países latino-americanos, teve uma permissão tardia para a produção impressa. Junto com a permissão se somaram leis e decretos proibitivos, limitação de mão de obra especializada, e carência de recursos e maquinaria. Na primeira metade do século XIX, às mulheres o acesso às letras num país, então, de ampla maioria analfabeta, era deveras restrito, e a produção tipográfica ainda vista como uma atividade fundamentalmente masculina. No dia 20 de novembro de 1837, no entanto, uma pessoa lerá no Jornal do Commercio, uma das principais folhas do país, o anúncio do livro “Direitos das mulheres e injustiças dos homens” traduzido por Nísia Floresta. A partir dos anúncios em periódicos da época, é possível perseguir os passos de Nísia e de sua publicação. A variação na forma de apresentá-la ao público, os distintos locais de venda e a reincidência de seu anúncio em diferentes periódicos por mais de uma década são indícios da circulação e produção de livros que hoje seriam tidos como publicação independente. Ao olhar essa produção de Nísia, surgem também reflexões sobre o papel social da mulher e sua participação na vida pública e privada no país. Igualmente, observá-la reforça o caráter político da produção impressa ao revelar gestos de desobediência de Nísia quando inserida em seu tempo. Por fim, evidencia as formas culturais que envolviam os impressos de um modo mais amplo.

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